18.2.07

illusions.


hoje.
bem hoje, não me apetece falar, ouvir, escrever, sentir. queria tocar no meu piano para ninguém. queria voar para a Terra do Sempre e ver o castelo tal como ele era, antes.
bah. hoje, nem os meus ténis nem as minhas nuvens me acompanham.

e nem eu sei o que acabei de dizer.

16.2.07

Death by Love.

Acabei de sonhar que me deixavas. Subitamente as minhas gargalhadas transformaram-se em gritos insanos que enchiam o quarto, quando acordei.
Desesperado perguntava-te porquê, aos gritos enquanto sentia o amor a dissipar-se por todo o meu corpo, com as borboletas a bater as asas mais fortes que nunca. As lágrimas não paravam e eu em movimentos neuróticos não parava de andar de um lado para o outro. Não soube como acabou. Sei que bati com a mão na mesa e disse 'NÃO, por favor.' Acordei. Estava a suar por todos os lados e o meu coração tentava saltar-me do peito.
Não te encontrei e senti-me tão perdido. Perdido assim, quando não estás. Quando uma parte de mim é tirada de mim, Tu, e eu sinto-me tão impotente face a este Mundo.



Meu Amor.
Don't go, please don't go.

11.2.07

7 pm

A última vez que olhei para o relógio eram 7 da noite. Pela primeira vez o Tempo ouviu-me, deixou de ser o cabrão que é. Parou.
Parou, naquele momento tão mágico em que eu sei que posso voar dali e percorrer todos os meu sonhos, onde o Menino de 5 anos faz birras para ir ao Cinema e no segundo a seguir o mesmo Menino está, finalmente, realizado.
Naquele momento em que o abraço é tão forte que me vou desfazer num milhão de moléculas. Naquele sítio (muitas vezes, cá dentro[de onde vem o quente]) onde a cumplicidade é tão grande.

Quando me encontro à chuva, onde estou parado a ver as gotas a cair. Quando a vejo, tão inocente, tão bonita, e imagino a menina em que se vai tornar. Quando me lembro Dela e não consigo parar as lágrimas. Quando todas as nossas vozes se cruzam e Eles me fazem sentir tão bem. Até quando Eles gritam comigo e eu faço-me de forte, quando o aperto é tão grande.

E ainda são 7 da noite. (não são?)

4.2.07

Neurotic.

vejo-me a correr. estou a fugir de um tractor com dentes. um autocarro vem-me buscar ao meu quintal e eu saio do banho vestido de astronauta. começo a roer as peles das minhas unhas, as unhas, quando dou por mim quase que como o meu dedo mendinho.
pi pi pi. o despertador toca e eu parto-o todo com o martelo que tiro do bolso dos boxers. acordei, outra vez. estou num conto de Roald Dahal e está a dar Radiohead - Creep (perfect, i think) desço a montanha de chocolate branco e caio num buraco onde não há Tempo. (Nota Mental : Era tão bom que não existisse o Tempo.)
aterro na minha cama, saio do quarto e pergunto-me se era suposto ter o zoo em casa. começo a ficar nervoso, há muito tempo que não me lembro de respirar. está sol. mas é de noite. ou é de dia ? vou ver a minha bola de cristal. pego no comando do dvd e vejo a mesma cena um milhão de vezes. depois de já conseguir antecipar as falas saio de casa a correr e desta vez não é um tractor que me persegue. Pessoas. Estranhos. todos com mãos grandes e caras de bicho papão (ele é mau, não é ?)
pergunto-me o que faço aqui. a minha introspecção responde-me, procuras. corro outra vez, desta vez está tudo demasiado normal e eu não preciso de roer as minhas peles.
quando a vi, soube logo. era ela que eu procurava. estava longe quando a comecei a ouvir a sussurrar. e quando cheguei lá pude ouvir, pude ver, o vazio já não era mais vazio. Ela, a Árvore disse:

-E o que é que te custa mais ?
-Que não acreditem em mim.

3.2.07

Begin.


Fake Plastic Person in a Fake Plastic World, he says.
(but a green world ! [fake too?])


Só para dizer...olá. *